
O outro é sempre mistério
nas bordas da certeza.
Terra incógnita,
como as partes de mim
que ainda não conheço.
O outro é mata a dentro,
silêncio pulsante
atravessado de
segredos e descomeços.
Mas eu também sou terra incógnita,
sou “do tamanho do mundo”,
eu sou sertão
pra quem ousar me percorrer.
O outro sou eu
e eu sou sempre outra
parte de mim mesma.
Keyane Dias
17.02.15