Poesia inspirada na experiência com a meditação Vipassana, no tradicional retiro de 10 dias para mergulhar no inconsciente. Salve Goenka e todas as meditadoras e meditadores que me possibilitaram este presente.
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O grito do silêncio
Despertou o meu vulcão.
Desafio dado a compreender
O que sinto.
No rio quente da memória,
Fito o que me faz pesar.
Pedras lançadas
Pelo vulcão do inconsciente.
Nua de mim,
Vou vagarosa,
Disseco-me.
Pedras profundas precisam sair.
Aprendo a observar.
E semelhante ao pó
Na sabedoria do vento,
O que foi peso se desfaz,
Impermanece.
Eis que acho a porta
Carregando a chave certa.
Keyane Dias – 20.03.15