Pelo sertão dos Gerais, histórias de mulheres guerreiras brotam de veredas, de capoeiras, de areias. Histórias de um rio de vidas que se embrenha na seca sertaneja, abundante, vigorosa, sempre-viva, do seu jeito. Esses versos, nem de longe suficientes, é uma homenagem a uma dessas mulheres, Dona Geralda, mãe de coragem, que gera, contadora de histórias. Geralda, geral como os gerais. Matriarca de uma grande fazenda chamada Menino.
1.
Quando a vista se apaga,
e as pernas se cansam,
é a memória que a faz caminhar.
2.
Em casa antiga
De parede descascada
A senhora faz morada
Onde guarda o recordar
Mãe de coragem
Tem no fio da memória
A estrada da sua história
O eterno caminhar.
Keyane Dias — 09.07.15
