ESCRITURAS

Velhas rasteiras ascendem novas revoluções

zapatistas
Ilustração zapatista

A cela dos [mal]ditos está aberta.
Eles insistem em fazer temer.

Eis o sistema:
o próprio anúncio do tombo de quem nele crê.

Armado
Equivocado
Engravatado
Patriarcado.

Amarga arrogância
de quem subestima
a coragem
que arde
na liberdade
da gente.

Foguetes [mal]ditos
de ruídos efêmeros
não calam a voz de milhões.

Eis o povo:
semente de gente que rebrota
do útero da Mãe Verdade.

Se a ilusão insiste em fazer temer,
insistimos em transcender
as guerras que não criamos.

Pois é na dor,
desses duros golpes,
que a nossa verdade alimenta a memória
pra desobedecer a ilusão.

Torés, quilombos, capoeiras,
o levante das rasteiras.
Essa é a nossa ordem,
a herança do nosso progresso,
a lida movida
em cotidianas revoluções.

Pois os braços,
quando cruzados,
destinam às pernas o tropeçar.

Juntemos as mãos!

Key Dias — 31.08.16

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