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Nos recônditos de ser,
cavo a temperança
das manhãs de domingo.
Labor incessante,
caminho estreito
do silêncio esquecido.
Que sentido faz
em repetir o que jaz
ser tão falido?
Na roda da ilusão,
até o mais são
fica enlouquecido.
As aparências
das aparências
criam nova roupagem.
E o apego
de seguir com medo
atrapalha a viagem.
Sou viajeira,
‘estrangeira num mundo’
que é só de passagem.
Aceitei a missão,
para abrir a visão
indo além da miragem.
Key Dias — 29.04.2017