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Sou tão densa quanto a dor
e tão leve quanto o amor,
sou a entrelinha dos versos que pari.
E se o que sou se esconde de mim,
é farejando a palavra que me encontro
no silêncio que precede a poesia.
É a poesia nua feito o chão,
crua feita a água
e lua
feita a paixão que me seduz
para experimentar o gozo
da palavra vivida em verso.
A palavra me fez poeta
para psicografar as sutilezas
do que vivo no mundo.
Keyane Dias — Agosto/2017