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É a liberdade a mãe da minha aldeia

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Tag: flor

ESCRITURAS

Palavras-flor

24.05.1424.05.14 keydias
Ilustra-Pedro-Lucena
Ilustração: Pedro Lucena

 

 Deixei-me ensurdecer
Aos ruídos alheios.
Já bastam os meus.
Não quero mais notícias
“Do correio do mal falar”.
Quero cartas, postais,
Sopro de palavras-flor.
Aceito delas até espinhos,
Se forem de verdades
Que me despertam.

Keyane Dias — 22.12.14 (BR 020)

Com a tag flor, palavra, Poesia1 Comentário

Escritas e Fazeres de Keyane Dias

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@keyanedias

"Continuum" nasceu hoje. Uma série de poemas provocados por outros poemas, livros, músicas, palavras. Águas que inundaram as minhas (de agora). Ou serão ventos? Poesia rimada pra esse 8 de março e pra todo dia, enquanto ainda for preciso. Memórias... O 'Desaverso' foi minha primeira publicação poética impressa, lançada em 2015. Um livreto artesanal do tipo 'faça você mesma', no qual arregacei as mangas em cada etapa, escrevendo, editando, diagramando, montando e costurando unidade por unidade. Somente a serigrafia da capa e as ilustrações não são minhas e foram cedidas por diferentes pessoas arteiras do Brasil, entre elas o inventíssimo @gurulino e a sempre parceira @nara_oliveira_ilu, que ilustrou belamente parte dessa e todas as outras publicações que nasceram até aqui. sobre relacionar-se e outras coisas "Eu vou viajar / vou sair no mundo afora / sem saber qual é a hora / de voltar pra meu lugar"... Há exatos três anos meu avô Manoel fez sua maior viagem. Encantou-se e foi morar em outros sertões além-mar da razão. Seu Mané foi meu griô, meu contador de histórias, meu mestre de rimas, ritmos e rumos que fui buscar entender depois de “grande”. A capoeira, o cordel, os cocos e outras rodas versadas da cultura popular vão cada vez mais me relembrando do que sempre esteve lá, no berço e nessa saudade imbatível do que não vivi. Quando nasci, morei num barraco de fundo à casa do vô e da vó paternos, num pequeno lote na Nova QNL, a Chaparral, fronteira entre Taguatinga e Ceilândia (DF). Era naquela rua cheia de outros migrantes nordestinos e naquela casa que até hoje a vó habita, que ouvi os primeiros repentes, emboladas e versos de cordel. Alguns vinham dos radinhos de fita ou dos CDs que vô comprava nas feiras de Ceilândia, outros vinham da boca dele mesmo. Eu nunca saberei quais versos eram criados por sua invetividade e quais habitavam sua memória sem fim. Ele era um repentista “anônimo”, mas figura marcada na Chapa e lá nas bandas por onde nasceu: São José da Lagoa Tapada, Souza, sertão da Paraíba. Minhas tias contam que quando vovô lá voltou, depois de décadas, a vila parou para recebê-lo. Elas nunca viram tantos cabras do sertão aparecendo de tudo quanto era caatinga aos arredores para rever o saudoso vaqueiro brabo das Pintadas. Um dia fui lá, em 2013, e fiz pouso na casa de Tia Pipoca. Conheci a vila, conterrâneos do vô e da vó, a Fazenda das Pintadas onde a família toda trabalhava, a antiga casa de apoio dos vaqueiros, os açudes, o engenho de cana desativado onde vovó fazia rapadura, a casa onde o pai, tios e tias nasceram e o velho pé de Oiticica, que até 2013 ainda estava lá, sombreando uma entre tantas históricas casas de famílias sertanejas desconhecidas. Já na Chaparral, terra cerratense onde morou e foi pedreiro, é só perguntar por Seu Mané da 14 que um monte de gente vai ter causo pra contar. Ele era bravo e amável ao mesmo tempo. Um sagitariano típico, questionador e filósofo de tudo com alto grau de humor e irreverência... [CONTINUA NOS COMENTÁRIOS] Mais poesias em www.aflora.art.br (link na bio) ou em publicações independentes. Pedidos inbox. E o sol brilha mais uma vez! Vitória da democracia, da diversidade, da consciência de classe, do amor, da luta popular. Derrota da barbárie fascista e covarde, da desinformação e do retrocesso. Avante!! Nasci nostálgica... Presente analógico sob o olhar da @fer_mendes ❤️. Mais poesias no meu velho blog old school: www.aflora.art.br - LINK NA BIO.
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