Se me nego a escutar, logo perco o limiar da palavra.
Palavra não escrita, nem falada.
Palavra semente.
Haa, palavra!
Se escuto, te sinto brotar em mim.
É quando tu despertas e a minha ansiedade descansa no silêncio.
Pois vem!
Brota aqui, no chão do meu terreiro.
Quero cheirar as flores da poesia e colher os frutos da sua prosa.
Porém, se não encontrares em mim o adubo que te alimenta, descansas.
Minha terra por vezes é árida.
Mas, em silêncio, cultivo mudas de pensar.
Keyane Dias
24.09.14 – Taguatinga (DF)