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Da sagrada natureza,
surgem todas as canções.
Ou da alma de poeta,
que recria a vida
na métrica da palavra que avoa.
Canta, canta poeta!
E vai ao encontro dos teus.
Caminhantes, trovadores,
lua cheia e beija-flores,
o adeus dos teus amores.
Não esqueças de tua alma,
viajeira e indomada.
E repares que a tua dor
desfaz-se em verso na estrada.
Coragem!
Cada um tem seu fardo,
tem bagagem pra seguir.
Na tua senda tens a sina
de sentir o mundo em ti.
Não te cales!
Transmuta em palavra
o que não é teu.
Cada verso é a cura
que a Terra te deu.
Escuta!
Tens o silêncio do vento
e o mítico gorjeio dos pássaros.
Tens a canção das águas
no chão que acolhe teus passos.
É a solitude
a mãe da tua liberdade.
E é a liberdade
a mãe da tua aldeia.
Canta!
Key Dias — 30.03.17
Um comentário em “Poemia”